São Paulo - A equipe brasileira conseguiu bons resultados no Campeonato Mundial de Corridas de Rua, disputado neste domingo (14), em Údine, na Itália, na distância de meia maratona (21,1 km). O melhor do País foi Marilson dos Santos, que conquistou o 7º lugar com 59:33. Marilson bateu o recorde sul-americano da distância e só chegou atrás de corredores africanos. Zersenay Tadesse, da Eritréia, conquistou o bicampeonato no masculino com 58:59, e no feminino a queniana que compete pela Holanda Lornah Kiplagat ganhou a medalha de ouro e ainda bateu o recorde mundial da distância, com 1:06:25.
Com o resultado de Údine, Marilson confirmou sua grande fase. Nesta temporada, é o número 1 do Ranking da América do Sul também nos 5.000 m (13:22.11), nos 10.000 m (27:28.12) e na maratona (2:08:37). No PAN, disputado em julho no Rio de Janeiro, ganhou a medalha de prata nos 10.000 m e de bronze nos 5.000 m, as mesmas que já havia ganho em Santo Domingo 2003.
Agora, o brasiliense detém três recordes sul-americano: além da meia maratona e dos 10.000 m (com 27:28.12 alcançados na Bélgica em junho último), Marilson também tem o recorde dos 5.000 m (13:19.43), conquistado na Alemanha em 2006. Também no ano passado, em novembro, ele tornou-se o primeiro sul-americano a vencer a Maratona de Nova York. O recorde sul-americano anterior era do também brasileiro Eduardo do Nascimento, com 1:00:30, marca obtida em 15 de março de 1998, em Lisboa.
Outros dois brasileiros marcaram recordes pessoais na meia maratona em Údine: Clodoaldo Gomes da Silva, 39º com 1:02:50, e João Ferreira Lima, 40º com 1:02.51. Os outros dois nomes da equipe foram Giomar Pereira da Silva, 62º com 1:04:35, e José Teles de Souza, 63º com 1:04:35.
O pódio individual, além do eritreu Zersenay Tadesse, que marcou novo recorde do percurso com 58:59, teve os quenianos Patrick Musyoki, com 59:02, e Evans Cheruyot, com 59:05. Outro queniano, o recordista mundial da distância com 58:33, terminou em 51º, com 1:03:31.
Por equipes, a campeã foi o Quênia, com 2:58:54, seguida pela Eritréia, com 2:59:08, e pela Etiópia, com 3:01:15. O Brasil ficou em 9º entre as 17 equipes que conseguiram pontuar - a marca da equipe é estabelecida com a soma dos tempos dos três primeiros colocados de cada País.
No feminino, a representante holandesa Lornah Kiplagat conseguiu não apenas o bicampeonato como ainda bateu o recorde mundial, com 1:06:25 (o recorde anterior era da sul-africana Elana Meyer, com 1:06:44), tempo obtido em Tóquio em 1999. Completaram o pódio mais duas quenianas: Mary Keitany, com 1:06:48 (recorde do Quênia), e Pamela Chepchumba, com 1:08:06 (recorde pessoal). A romena Lídia Simon, a maior ganhadora de medalhas do Mundial, com oito pódios, desta vez ficou em 18º lugar, com 1:10:08. Por equipes, deu Quênia, ouro com 2:23:33, Etiópia, prata com 3:25:51, e Japão, bronze com 3:27:39.
O Brasil teve duas atletas na prova feminina: Ednalva Laureano, a Pretinha, 41ª com 1:14:23, Lucélia Peres, 48ª com 1:15:39. O País não pontuou no feminino, já que se exige a participação de pelo menos três atletas. Quatro corredoras foram convocadas, mas Marizete dos Santos e Maria Zeferina Baldaia (com problemas de anemia) pediram dispensa.
MUNDIAL DE 2008
Em 2008 o Brasil organizará o Mundial de Corridas de Rua, que terá patrocínio da Caixa Econômica Federal e será disputado em 12 de outubro no Rio de Janeiro.
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